quarta-feira, abril 03, 2013

Canto pra Zé Celso

eu me empenho com afinco
                        e nunca minto
com o que sinto, penso e faço
                               aguento o tranco
tropeço mas não manco
em qualquer recinto
                                      e reexisto
cada vez mais firme e franco



eu sou risível, roto, e nunca
                                  me ressinto
de ser palhaço nesse mundo
                       enquanto canto
e não me espanto de ser
                                          rei num labirinto
se o que me espera é o mistério
                           aos quatro ventos



eu me oriento pelo caos
                                  por isso brinco
com ferro e zinco ergo a estrutura
                                   do que imanto
eu só invento no que vivo, e
                                                    nunca mímico
na arte cínico, cênico, sátiro,
                                                        zéfiro, santo.

6 comentários:

Patricia Rameiro disse...

Evoééééééééééé!!!

Andréa Flores disse...

Eu vi pedaços quase inteiros de mim por aqui. Como foste capaz de destroçar-me? ;) Beijos, meu lindo.

Roberta Flores disse...

Meu lindinho, quase me derramo ao ler seu texto, me identifiquei profundamente. Beijos

Renato Torres disse...

P,

evoé!

beijos,

r

Renato Torres disse...

Andréa,

vi também pedaços de mim pelo filme, depois pelas ruas, espalhados, e me perguntava o mesmo: como pude seguir até aqui?

eis que tudo somos nós, mediados.

beijos,

r

Renato Torres disse...

Roberta (Mandy),

tua identificação me aquece os olhos e o coração, agradeço tua leitura e teu carinho!

beijos,

r

Quem sou eu

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Belém, Pará, Brazil
Renato Torres (Belém-Pa. 02/05/1972) - Cantor, compositor, poeta, instrumentista, arranjador, diretor e produtor musical. Formou diversas bandas, entre elas a Clepsidra. Já trabalhou com diversos artistas paraenses em palco e estúdio. Cria trilhas sonoras para teatro e cinema. Tem poemas publicados nas coletâneas Verbos Caninos (2006), Antologia Cromos vol. 1 (2008), revista Pitomba (2012), Antologia Poesia do Brasil vol. 15 e 17 (Grafite, 2012), Antologia Eco Poético (ICEN, 2014), O Amor no Terceiro Milênio (Anome Livros, 2015), Metacantos (Literacidade, 2016) e antologia Jaçanã: poética sobre as águas (Pará.grafo, 2019). Escreve o blog A Página Branca (http://apaginabranca.blogspot.com/). Em 2014 faz sua estreia em livro, Perifeérico (Verve, 2014), e em 2019 lança o álbum solo Vida é Sonho, autoproduzido no Guamundo Home Studio, seu estúdio caseiro de gravação e produção musical, onde passa a trabalhar com uma nova leva de artistas da cidade.