abre o novo ensejo, reverbera
ouve o sonoro desejo da fera
acordada, sai em busca dessa
insuspeitada vereda, desenreda
a tua história verdadeira, aquela
fronteira delicada entre a beleza
e a fúria, entre a folia e a injúria.
acordada, sai em busca dessa
insuspeitada vereda, desenreda
a tua história verdadeira, aquela
fronteira delicada entre a beleza
e a fúria, entre a folia e a injúria.
desespera; deixa que haja império
e penúria, que hajam noites escuras
e sonhos claros. que soem presságios
os adágios, que pareçam árias os
aríetes insistindo na questão invasiva:
haverá, afinal, infinitas esquinas,
variadas perspectivas, diversas escolhas?
serão mesmo tantas as luxúrias,
prolongados êxtases, euforias
desmedidas sem prazo de validade?
averigua a veleidade em tais elixires
e ao sentires aproximar-se o engodo
deita o rodo com firmeza sobre o mármore,
arma-te da tua melhor memória, e esfrega-a,
sôfrega, sobre o pano limpo da razão.
descansa tua mão na pedra fria,
que é poesia o que antes chamavas chão.
e penúria, que hajam noites escuras
e sonhos claros. que soem presságios
os adágios, que pareçam árias os
aríetes insistindo na questão invasiva:
haverá, afinal, infinitas esquinas,
variadas perspectivas, diversas escolhas?
serão mesmo tantas as luxúrias,
prolongados êxtases, euforias
desmedidas sem prazo de validade?
averigua a veleidade em tais elixires
e ao sentires aproximar-se o engodo
deita o rodo com firmeza sobre o mármore,
arma-te da tua melhor memória, e esfrega-a,
sôfrega, sobre o pano limpo da razão.
descansa tua mão na pedra fria,
que é poesia o que antes chamavas chão.