de olhos fechados um pouco mais
pra não deixar misturar
o mar adentro com tanto
acordar
o escuro de fora, a luz de
dentro
espera agora até
capturar
a chave-mestra, o desalinho
um pergaminho feito a
sonhar
é que o desfeito da
vigília
pode transformar em ilha
tudo o que significar
e o porto abreviado, a
árvore
da infância, o sexo doce
da moça sem posse, toda
a fábula que ordenhas
pode desordenar a senha
secreta, mergulhada na
lagoa
de
olhos noturnos, a semente
coroada, abrigada pelo
útero
da fulgurância de
nascentes
quer velar aquilo que revela
e que na manivela do
invento
mais ainda torna intento
o momento em que
desmantela.
8 comentários:
irretocavel de cabo a rabo, sempre serás o poeta que se embrenha na alma..
beijo
Grata amigo por nos proporcionar tão linda poesia!
Bjs,
Soc
Mas tudo se misturou num segundo
O mar e o escuro, o dentro e o fora,
A luz e a lógica
O porto a árvore a fábula a lagoa a senha
E desfez toda espera
Porque quando o desejo por semente
nasceu do útero e jorrou nascente
não era do ventre que nascia o invento
era do desmantelo do momento
Alma,
irretocável mesmo é a tua amizade, a tua dedicação em ler-me, e em te reconhecer no que escrevo! eu beijo seus olhos...
r
Socorro!
eu que agradeço por ter tão preciosa amizade!
beijos,
r
Fabiana,
adoro quando meus textos provocam outros textos! este teu, um intento intenso, inteiro um sonho tornado entidade, uma verdade que se afirma, como és.
um beijo,
r
Ana,
libertar é já um desassossego, não? o susto da liberdade... é quando nos inquietamos, quando saímos da tão confortável segurança da prisão... bom saber que gostas dessa turbul6encia!
beijos e cheiros,
r
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