renascer não é um sortilégio de
todos os dias
mas de todas as horas
é saber-se orvalhado na flora, e
forjar-se arvoredo
e retornar ao fundo profundo
segredo
trazendo de lá a água turmalina,
o âmbar almiscarado de tardes ao
vento,
e dos anoiteceres lentos banhados
na areia branca
dos lugares onde nunca pisamos
mas que revisitamos, ultrapassados
de éter e fleuma
algures fantasmático, hipótese da
miragem reincidente
um acidente trêmulo nas mãos do
tempo
o festim da intempérie íntima, a
nuvem
de um balbucio amoroso.
desse poço que cavaste ao longo
das translações,
e da promessa de primaveras
emergirá o balde transbordante da
manhã de teus anos
as quarenta elegias clavadas
na bordadura inesperada de muitas
gratidões
a ti, que exististe até agora,
persistindo
em humanidades conquistadas
e ao teu duplo, que reparte em
muitas outras direções
os teus mapas viventes, caiados de
futuro.
6 comentários:
Ler seus poemas, Renato, é invadir o prazer que só nos dá a poesia.
Parabéns!
Tuas poesias enobrecem a alma...
Lígia,
fico feliz com teu prazer!
beijos,
r
Anônimo,
mesmo sem saber quem és, agradeço a tua nobreza, e o teu gostar...
abraços,
r
Pois é, meu parceiro, ao ler-te ou escutá-lo sempre arvora-me a vontade intensa de apredizagem...
Dentro das palavras que montas frases nos remetendo ao pensar mais aprofundado retrata a tua sede de poesia a tua fome de música.
abraços, parceiro!
Renato gusmão
meu parceiro Gusmão,
essa vontade, pra mim, é o que nos move à vida, intensa, irreprimível, que há em nós, e ao redor de nós... que bom que é assim! e que seja assim sempre, também de mim pra ti!
abraços,
r
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