"Meu reino por um cavalo!" - disse uma vez o monarca,
atado ao chão por uma arcada, a outra
atracada num céu deserto.
"Meu trono por um galope qualquer!" - diria mais tarde,
os olhos ardentes de água, tolo e
afogueado, no dia de sua estrela.
Eram dias daquela crença firme em cavalos alados,
e que o mínimo trotar tornava qualquer homem
num centauro lúbrico, irresistível.
"Meu chão por qualquer pasto invisível!" - rugiu na madrugada,
mas nada o demovia daquela ideia de que era um faminto.
Sentia nos ossos esbaterem-se borbulhos, a medula íngreme,
um instinto de morte, ou qualquer sorte modesta.
A festa de seu povo já estourava longe na manhã.
Foi quando se deu a perceber entranhado no chão, os pés
feito raízes aéreas, e outras forças etéreas evolando-se
através dos olhos e da boca, uma canção esquecida pairava,
a roca lendária fiava seu destino lírico, a aldrava em silêncio.
Renascia.
17 comentários:
Lindo, meu amor! Te amo. Felicidades hoje e sempre.
Flor
Querido amigo,
as forças etéreas estão contigo e vivem nas tuas palavras poéticas e irresistíveis!
Obrigada por tudo o que transmites! Parabéns pelo teu dia re-nato!
1 Bj*
Luísa
Parabenizo ao seu reinado em nossas emoções, querido Renato!
Rendo-me à sua poesia e a majestade de seus versos. Bjs
Parabéns amigo, você é lindo mesmo. Te admiro muito. Abração.
Parabéns amigo, você merece tudo de bom.
Parabéns Re-nato, muitas felicidades, sempre.
Beijo
Lendo tuas palavras me sinto voltar no tempo... onde erámos meninos brincando de ser gente grande.
É maravilhoso o poder que tens de transforma em imagens belas os sentimentos que trazes na alma.
Poeta marginal, um beijo n'alma.
More,
serei sempre grato pelo nosso presente: estarmos juntos.
beijos, te amo!
r
Lígia,
a majestade é mérito de quem tem um reino conquistado. no teu caso, teu reino é pleno de cortesia e singeleza, generosidade e amizade...
beijos,
r
Senhora Lua,
que bom poder contar sempre com tua amizade e com tua sensibilidade, infalíveis!
beijos,
r
Rosana,
minha querida amiga... obrigado pelo teu carinho!
beijos,
r
Tere,
obrigado, querida poeta! felicidades também, sempre!
beijos,
r
Adri!
minha querida... longe vão aqueles tempos de menino, onde nos conhecemos. mas ainda vivas as chamas da poesia e da amizade. aquilo que chamava sempre de 'desenho marginal' é, na verdade, o que nos caracteriza como humanos, demasiadamente humanos.
beijos,
r
De novo muito bonito,e fora do vulgar.
Gostei!
Quero mais!
De Portugal,com saudações.
Dilita
Dilita,
que bom saber-te a gostar do que escrevo!
saudações e abraços desde Belém!
r
Caro poeta, desculpe o imbecil que vós escreve, mas na 1ª estrofe:
"Meu reino por um cavalo!" - disse uma vez o monarca,/ atado ao chão por uma arcada, a outra/ atracada num céu deserto.
esse "a outra" se refere a que mesmo?
Grato desde já,
Falcon
F. Silva,
sem problema. refiro-me à "outra arcada".
abraços,
r
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