meus queridos amigos, abrigos no éter do tempo,
amados cavaleiros das cruzadas primeiras,
onde estais vós, companheiros na rua da infância,
vozes no pátio vazio, célebres e ruidosos vadios?
vai longe a louca viagem, a bagagem sonolenta,
o destino sorteado no baralho.
evoco suas presenças docemente...
ergamos taças cheias do vinho consternado,
da lição derradeira, da invencível fagulha do perigo
– da vida, queridos e bravos amigos,
que nos abandona à deriva, mas que, viva,
nos torna feliz memória, história florida na mão,
paixão da sangria incontida.
inerência da linguagem mormente na página branca: a potência da semente, a semântica do mote cotidiano, sem planos. poesia para o enfrentamento do que inexiste, mas urge. grafias caboclas e indígenas por ascendência, oriundas de uma terra feita de águas intensas. poemas registrados na Fundação Biblioteca Nacional - RJ
terça-feira, abril 29, 2008
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Quem sou eu
- Renato Torres
- Belém, Pará, Brazil
- Renato Torres (Belém-Pa. 02/05/1972) - Cantor, compositor, poeta, instrumentista, arranjador, diretor e produtor musical. Formou diversas bandas, entre elas a Clepsidra. Já trabalhou com diversos artistas paraenses em palco e estúdio. Cria trilhas sonoras para teatro e cinema. Tem poemas publicados nas coletâneas Verbos Caninos (2006), Antologia Cromos vol. 1 (2008), revista Pitomba (2012), Antologia Poesia do Brasil vol. 15 e 17 (Grafite, 2012), Antologia Eco Poético (ICEN, 2014), O Amor no Terceiro Milênio (Anome Livros, 2015), Metacantos (Literacidade, 2016) e antologia Jaçanã: poética sobre as águas (Pará.grafo, 2019). Escreve o blog A Página Branca (http://apaginabranca.blogspot.com/). Em 2014 faz sua estreia em livro, Perifeérico (Verve, 2014), e em 2019 lança o álbum solo Vida é Sonho, autoproduzido no Guamundo Home Studio, seu estúdio caseiro de gravação e produção musical, onde passa a trabalhar com uma nova leva de artistas da cidade.
31 comentários:
Renato,
Vida, esta e tantas, em melodias amigas- ressoa em voz que não refuta o chamado, a chama que continuará. Bom ver-te.
Beijos
Tere Tavares
adorei!....só penso em músicar seus poemas...hauhauahauha......é inevitável....parece que eles me pedem: "me musique, me musique..."...mas, não me atreveria!....bj
Leemax.
ha, te coloquei nos meus favoritos do Coisa-negócio.... + bj
Gratidão.
Fez-me lembrar... recordar... tornar a passar pelo coração, como disse um outro grande poeta.
Gratidão.
perdi a capacidade de falar assim, poeticamente, mas continuo a sobreviver... tuas palavras me emocionam, me encantam e me fazem lembrar de coisas boas que já tive na minha vida...
beijos
amigo renato,
oh bagagem de memorias que as vozes sempre nos rememtem heim?
assinado lélia
[q tu sabes q tem uma parte da Lidia Basile hehe]
beijos Re
Hey renato essas bagagens sonolentas e sons que fazemos por ai e as memorias do amigos que fazem ecos heim?
tere,
sempre presente! es um presente que os anos me darão, ainda em não-lugares, futuramente em sitios largos de amizade.
beijo,
r
Passei para te ver e ler teus brilhantes versos, ofuscam olhos, mas me iluina. Sempre sublime....ab
Querido poetAmigo!
Recolho cada palavra, emocionada á tua produção!
Cantas os laços cordiais, louvas palavra: amizade!
E já somos amigos há tanto tempo, dos "não-lugares".
(Sabes que vou ser mãe pela segunda vez? Estou feliz!)
1 Bj*
Luísa
Renato,
é sempre um prazer ler-te.
Abraço,
ClariANA
É etéreo. Térreo e desterro de amigo.
Renato:companheiro
te ler é jantar fora...
é emprestar seu rosto para dividir as lagrimas...
o fraternal abraço
André
dé,
pois deverias te atrever, mais e mais. e sem vergonha, cantares ainda o que surgir, em público. meus poemas, sabes, eles pedem muito, pedem o tempo todo, de tudo: comida, cafuné, moedinhas, migalhas, patrocínios, desculpas, perdão, dias de sol. grato por conectares a página branca à coisa-negócio...
beijão!
r
cocou poeta,
tou a passeio na branca
adorei as fotos)
na volta o mijo,
sem dúvida.
beijos,
paulo
Renatinho
Adoro os teus textos!! Esse então tá de uma delicadeza...
Um grande beijo n'alma
ghys,
essa fala do manoel de barros é realmente oportuna: é preciso recordar. me colocares como "um outro grande poeta" me deixa envaidecido, menina1... obrigado.
beijo,
r
é sempre emocionante poder dizer... nunca deveríamos perder a paixão de dizer, ou seremos menos humanos... mas é terrível tentar dizer isso pra alguém que não sei quem é! rsrs... comentários anônimos deveriam, também, trazer um nome ao final, né?
mas valeu, de todo modo. abraços!
r
lídia (ou lélia...)
as bagagens são fundamentais pra gente viajar na vida, né? de outro modo, estaríamos inaptos a perceber a beleza de tudo o que é transitório.
beijos, e obrigado por vir!
r
cíntia,
trazes também a tua luz, que não é pouca. a página é branca, e está na tela brilhante, portanto... já ajuda bastante! :)
venha sempre... beijos,
r
senhora lua,
és, aliás, uma das minhas amigas mais especiais daqui do não-lugar. como esquecer de momentos ímpares já vividos através da fria maquinaria? é realmente impressionante o poder de um sentimento sincero... obrigado por tudo! estás numa categoria especial dos "queridos amigos".
beijos,
r
ps: parabéns pela nova maternidade, e pela união com o ribas!
clariana,
é sempre um prazer receber-te nesta casa de palavra...
beijo,
r
pássara,
quem melhor que tu pra falar de qualidades terrenas e etéreas? visitas estes ambientes freqüentemente, e com destreza. o desterro, deixemo-lo ao destino que nos torna, por ora, amigos distantes... mas sempre conectados.
beijos,
r
andré,
um grande prazer receber sua visita, e com tão delicado comentário. que o cardápio seja leve, de sabor inesquecível, como as grandes amizades.
abraços,
r
paulo,
ansioso pelo novo pai-poeta que virá. sempre linda tua passagem pela página branca.
abraços,
r
claudinha,
que bom que gostas, e vens visitar este sítio. a delicadeza prevalecerá, apesar de tanta barbaridade.
beijos,
r
Querido amigo Renato,
Queridos amigos é o que mais nos falta quanda vida prega peças.
grato por teu chamado até aqui.
um abraço.
mano adroaldo,
sim, é justamente pela distância que me separa dos meus queridos amigos que surgiu este texto! por vezes, uma distância não necessariamente geográfica... mas sempre dolorosa, sempre contundente.
eu é que agradeço por teres acedido ao meu chamado!
abraços, irmão!
r
Grande, Renato!
Canto de amizade. Merece aplausos!
Abçs
benny,
a amizade é o primeiro nom e do amor, o mais nobre. deve sempre ser louvada...
abraços!
r
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