a surpresa em ouvir do vento
o véu, as voltas, vielas e vazios
fogo no espaço extenso, e posso
contar com os olhos das estrelas.
sim, você no ouro das molduras
para onde caminharás às tonturas,
santa estrutura de contas brilhantes
espirais da superfície tênue e aérea.
fere-a o vento, curvando-se molusco...
e o sopro coze guilhotinas sobre a pele
(a boca ferve álcoois):
– soubeste da asa?...
inerência da linguagem mormente na página branca: a potência da semente, a semântica do mote cotidiano, sem planos. poesia para o enfrentamento do que inexiste, mas urge. grafias caboclas e indígenas por ascendência, oriundas de uma terra feita de águas intensas. poemas registrados na Fundação Biblioteca Nacional - RJ
sábado, outubro 07, 2006
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Quem sou eu
- Renato Torres
- Belém, Pará, Brazil
- Renato Torres (Belém-Pa. 02/05/1972) - Cantor, compositor, poeta, instrumentista, arranjador, diretor e produtor musical. Formou diversas bandas, entre elas a Clepsidra. Já trabalhou com diversos artistas paraenses em palco e estúdio. Cria trilhas sonoras para teatro e cinema. Tem poemas publicados nas coletâneas Verbos Caninos (2006), Antologia Cromos vol. 1 (2008), revista Pitomba (2012), Antologia Poesia do Brasil vol. 15 e 17 (Grafite, 2012), Antologia Eco Poético (ICEN, 2014), O Amor no Terceiro Milênio (Anome Livros, 2015), Metacantos (Literacidade, 2016) e antologia Jaçanã: poética sobre as águas (Pará.grafo, 2019). Escreve o blog A Página Branca (http://apaginabranca.blogspot.com/). Em 2014 faz sua estreia em livro, Perifeérico (Verve, 2014), e em 2019 lança o álbum solo Vida é Sonho, autoproduzido no Guamundo Home Studio, seu estúdio caseiro de gravação e produção musical, onde passa a trabalhar com uma nova leva de artistas da cidade.
5 comentários:
quantos lírios vimos? quantos flores murchas ?
so choro, ou as vezes canto..
bjs querido
Sim, soube...
trouxeste-me!
E tu?
soubeste o porquê da minha surpresa?
Digo-te que chorei de vazio e preenchimento de algo incompreendido.
Fé incubada dentro de mim... “guilhotinas sobre a pele”, comoção: Círio.
bjim
te amo
quando veremos uma nova poesia, renato?
Nobre Bardo,
sua poesia é envolvente como a neblina que abraça as montanhas dessa cidade.
parabéns!
Comovente feito gritos silenciosos e preces envoltas de etérea beleza!
Abç
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