contas ao tempo o teu secreto viço, e ele abriga-o, as mãos em concha.
fazes de teu caminho costumeiro a vestimenta devoluta dos novos olhos,
e assim tens o sorriso de um camponês, eivado de lírios brancos.
repetes ao silêncio teu voto primeiro da clara sentença,
e tua boca transborda de francas palavras, como mel em favos incontinentes.
embebes a semente de tua mais líquida esperança, e então
esqueces a erupção da flora, inevitável, relevo na relva murmurando sob teus pés.
riscas ao passo doido, na avenida transida de ventos chuvosos,
a tua escuridão repleta de folhas que caem, e o rumor
da tua solidão embala as gotas perdidas pelas valetas.
emprestas tuas lágrimas às canções antigas que ouves, distraída,
e enfim, como lentas estrelas moles de luz percorrida, deitas tua cabeça ao sonho.
4 comentários:
e em campos oníricos arranca vestimentas gastas e antigas e tece palavras vivas geridas em um leito do quarto cálido no porvir do beijo - oceano denso -
puxa... é lindo isso... pena que não, dá pra saber quem escreveu...! por favor, ponham seus nomes ao comentar, certo?
Que legal!!!!Dar margem para as tuas veias poéticas se abrirem sobre estas páginas que não podemos tocar, somente compreender...Saudades e beijos.Calíope.
Nossa vida, muito bom seu blog, meu de fé, adorei li altas partes de cada fragmento, texto e tals, bem bacana!!!
a sei que é feio fazer isso de sair comentando sem ao menos conhecer o proprietário do blog, mas é pq issso aqui é td bem lindoo!!!
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bem bacana mesmooo!!
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